Brasília, 04 de julho de 2013/ Edição 65 - Ano 07/Informativo Quinzenal - Embrapa Informação Tecnológica

MINIBIBLIOTECAS >> Capacitando agentes para disseminar conhecimento
foto: Marina Torres

Disseminar conhecimento para colher cidadania. Com essa proposta, o projeto Minibibliotecas da Embrapa leva informação a escolas e comunidades rurais. Cada Minibiblioteca é composta por estante, livros, cartilhas, CDs e DVDs. As publicações abordam tecnologias de fácil aplicação e de baixo custo que podem promover a melhoria de práticas agrícolas e da qualidade de vida no campo.

 

Como parte das estratégias de ação do Plano Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, o Território da Cidadania Serra Geral, que abrange 17 municípios do norte de Minas, uma das regiões mais pobres do País, acaba de ser contemplado com 54 kits de Minibibliotecas. Nos dias 20 e 21 de junho, no auditório da Epamig, em Nova Porteirinha, mais de 50 representantes de escolas, associações e extensionistas responsáveis por receber o material participaram de uma capacitação destinada a orientar sobre as possibilidades de uso das publicações. “O objetivo principal da oficina foi demonstrar o uso pedagógico do material”, explica a pedagoga Marluce Freire, da Embrapa Informação Tecnológica. "Temos certeza de que elas - quando devidamente utilizadas - são potencializadoras de discussões, socializadoras de conhecimento e possibilitam a inclusão produtiva para o público, principalmente em se tratando de agricultura familiar”, explica o coordenador do Projeto Rede Geral, Fredson Chaves.


Durante dois dias, 54 pessoas conheceram o acervo das Minibibliotecas e discutiram possibilidades de utilização do material em suas comunidades. A gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater, MG) em Janaúba, Maria Aparecida Pereira, elogiou a iniciativa. “Parabenizo a Embrapa por levar essa riqueza para a área rural. Enquanto na cidade, para a gente, é normal abrir a torneira e ter água, para o homem e a mulher do campo, é normal buscar água com a lata na cabeça, e não pode ser assim. A água está chegando, a energia também e agora o livro.”

Motivação comunitária - A pesquisadora Maria Geralda Rodrigues, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), também participou da capacitação e destacou a importância de as tecnologias ficarem acessíveis para os agricultores. “O conhecimento científico tem de ser traduzido em linguagem de fácil assimilação. Para se chegar a um livro simples, trabalha-se muito. São anos de pesquisa. E se o conhecimento não chegar a quem precisa, não adianta nada.”
Marluce Freire apresentou as nove coleções que compõem as Minibibliotecas e explicou que os kits são organizados de acordo com a realidade de cada região. Em constante diálogo com os participantes, a pedagoga Marluce explorou possibilidades de uso dos materiais, como a criação de rodas de conversa, leituras em grupo, dias de receitas. “O processo de aprender e de ensinar tem que ter cor, ter motivação”, frisou a mediadora da capacitação.

foto: Marina Torres

A produtora Nelci dos Santos, da comunidade quilombola Santos Reis, no Município de Francisco Sá, ficou responsável por ser mediadora do uso de uma Minibiblioteca. “Na comunidade, a gente fica isolado. Não tem sinal de internet, celular, nem orelhão. Minha filha não conseguiu fazer um trabalho de escola, porque não tinha livro para pesquisar e ficou sem nota. Agora, esse material vai ser uma fonte muito importante para nós. A igreja é onde a gente se reúne, dá os avisos. É no salão de lá que a gente pretende colocar a minibiblioteca”, conta.

Para a professora Maria Nilza Bonifácio, da Escola Estadual Joaquim Teixeira de Brito, Município de Catuti, já são muitas as ideias para utilização do acervo. “Na escola, temos turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e os alunos são produtores. O material vai nos ajudar a trabalhar melhor. Será uma riqueza para a nossa comunidade. Eu me apaixonei pela minibiblioteca”.


O agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo, Fredson Chaves, coordenador do projeto Rede Geral, ressaltou que as parcerias têm aumentado a cada dia. “São escolas, associações, prefeituras, conselhos de desenvolvimento rural sustentável - uma grande corrente que se fortalece cada vez mais”, diz ele. O projeto atua como uma rede de parcerias para capacitação de extensionistas e agricultores em estratégias de inclusão produtiva. É coordenado pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), em conjunto com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) - Campus Janaúba, a Emater-MG, o Centro de Agricultura Alternativa, a Epamig e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - Codevasf. (Redação: jornalista Marina Torres - MG 08577 JP - Embrapa Milho e Sorgo).

 

Contando Ciência na Web >> De igual para igual
 

Gente jovem falando para gente jovem. Essa foi a proposta do vídeo institucional do site Contando Ciência na Web, que já está disponível na internet, pronto para ser conferido, principalmente por quem ainda não conhece os conteúdos da Embrapa e parceiros destinados ao público infantojuvenil. A produção tem 3 minutos e meio e resume a história do CCWeb, o trabalho de preparação do projeto, a participação de estudantes e pesquisadores das Unidades de pesquisa da Embrapa e a preocupação de garantir a acessibilidade a portadores de necessidades especiais. A apresentação é da estudante Julyanna Marsicano, com direção e edição de Elias Rodrigues, do programa Dia de Campo na TV, arte gráfica de Lúcio Scartezini, e imagens da equipe de cinegrafistas Sérgio Figueiredo, Rogério Monteiro, José Alves Tristão e Elias Rodrigues. Veja

O CCWeb, como é conhecido, é resultado do trabalho da Embrapa Informação Tecnológica (Unidade coordenadora do projeto), em parceria com as Unidades de pesquisa da Empresa, e, desde 2011, oferece conteúdo diferenciado e em linguagem didática para crianças e jovens. Por meio da união entre o lúdico e o científico, a informação é traduzida para o formato de jogos, publicações digitais, bloguinho e um glossário especial para tirar todas as dúvidas dos jovens internautas.

 

Ações educativas - Mas o alcance do CCWeb não está restrito às telinhas de computador. A partir do seu conteúdo, outras iniciativas estão mobilizando Unidades da Embrapa de todo o Brasil, como a que acaba de ser lançada com o objetivo de desenvolver projetos científicos nas comunidades escolares. O concurso vai premiar os melhores trabalhos realizados por alunos e professores em cada região brasileira.

O resultado será divulgado em abril de 2014, em solenidade especial, durante o evento Ciência para a Vida, em Brasília, DF, quando a Embrapa vai comemorar 41 anos. Além da viagem à capital, as escolas vão receber um kit de publicações infantojuvenis, e os estudantes um kit aluno, que inclui mochila ecológica, agenda e outros materiais escolares.

Para as cinco Unidades que indicaram as instituições vencedoras, será doado um kit Minibibliotecas. A ação é uma parceria entre o CCWeb e o projeto Embrapa & Escola. Para subsidiar os trabalhos, já foram enviados às regiões 8.700 exemplares da cartilha Desafios com ciência, 58 Guias de padronização para edição e publicação de conteúdos no site CCWeb, 29 CDs institucionais e 1.450 CDs-Rom com jogos educativos e interativos.

A coordenação do concurso é da Embrapa Informação Tecnológica e da Secretaria de Comunicação (Secom) da Embrapa, com o apoio das Unidades de pesquisa.

 

Em Tempo

 

 
  • Lançamento - O Agronegócio do amendoim no Brasil é o título da nova publicação com a marca Embrapa já disponível para os interessados nos resultados da pesquisa com a espécie, desenvolvidas em âmbito nacional, ao longo de mais de 50 anos, quando vários produtos e processos foram gerados e grande parte publicados em revistas técnico-científicas nacionais e internacionais. Esta segunda edição, revista e ampliada, editada em parceria entre a Embrapa Informação Tecnológica (Brasília,DF) e Embrapa Algodão (Campina Grande,PB), pode se encontrada na página eletrônica da Livraria Embrapa. Outros lançamentos e promoções também pode ser acompanhados nas redes sociais Facebook e Twitter.
Agenda Ambiental
 

Cuidados na pós-colheita reduzem desperdício de hortaliças. Você sabia?

Investir em tecnologia de produção é sempre importante para garantir a competitividade do agronegócio de qualquer plantio, inclusive de hortaliças. Contudo, muitas vezes, o zelo que o agricultor tem antes e durante o plantio não se repete depois que o produto já foi colhido, e, com isso, tem-se uma grande perda pós-colheita, que prejudica os lucros do produtor e contribui para o desperdício de alimentos. Na Embrapa Hortaliças, a pesquisadora Milza Moreira desenvolve um projeto de pesquisa e transferência de tecnologia especial, com o objetivo de conscientizar os técnicos e agricultores sobre os cuidados na pós-colheita, para, assim, minimizar o desperdício de hortaliças. São dicas e orientações não só para esse segmento, mas também para o consumidor, que precisa estar bem informado sobre alguns detalhes fundamentais na hora da compra. Para saber mais sobre isso, visite Hortaliças na Web, desenvolvido pela Embrapa Hortaliças.


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