Um encontro diferente para homenagear profissionais e comemorar o Dia Nacional do Prosa Rural, o programa de rádio da Embrapa, tirou os empregados da rotina de trabalho na manhã do dia 23 de setembro, na sede da Embrapa Informação Tecnológica, em Brasília. Na presença de convidados especiais, locutores e equipe de produção mostraram ao vivo o que normalmente faz parte da rotina de trabalho dos últimos sete anos, quando o programa foi concebido com o desafio de usar o rádio como veículo de transmissão de conhecimento gerado nos laboratórios e campos experimentais da Embrapa, no Brasil inteiro.
    “Esse é um momento importante em que temos o que comemorar, não só pela quantidade de emissoras com as quais trabalhamos, quanto pelas parcerias importantes que conquistamos ao longo de todos esses anos e colaboraram para que as dificuldades fossem superadas”, disse o gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica, Unidade coordenadora do programa, Fernando do Amaral Pereira. Para compartilhar a festa, estiveram presentes o jornalista e locutor Airton Medeiros, da Empresa Brasil de Comunicação/EBC, o coordenador-executivo da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), José Sóter, e o coordenador de Comunicação Social da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Fernando Grossi.
   Segundo Airton Medeiros, apresentador do programa Nossa Terra, da Rádio Nacional da Amazônia, transmitido para toda a região norte brasileira, o rádio “tem sofrido nos últimos trinta anos”, mas continua sendo um instrumento “digno”. “É importante abrir espaços mais voltados ao educativo, ao social”, comenta. Medeiros lembrou da visita que fez ao município de Castelo dos Sonhos (PA), onde teve a oportunidade de presenciar a reação das pessoas e o seu interesse nas publicações da Embrapa. “Isso comove a gente, por isso é tão gratificante às vezes sair do estúdio e ir até as comunidades”, destacou.
    Para o representante da Abraço, José Sóter, a parceria com a Embrapa está presente no dia a dia, principalmente em localidades do interior do País. “É uma parceria que tem promovido transformações, porque está lida com a democratização do conhecimento, capaz de gerar novas experiências”, disse ele. Ao final do evento, foi realizada uma apresentação da versão infantojuvenil do programa Prosa Rural, criada para o site Contando Ciência na Web. O Prosinha Rural, como é chamado, destina-se a apresentar as novidades científicas em linguagem acessível e por meio de diálogos cotidianos.

    O livro Novos Ângulos da História da Agricultura no Brasil, editado pela Embrapa Informação Tecnológica, acaba de ser confirmado entre os finalistas ao 53º Prêmio Jabuti 2011, considerado a mais importante premiação editorial brasileira. A obra, organizada pelos pesquisadores Francisco Reifschneider e Gilmar Henz, ambos da Embrapa, foi inscrita na categoria Didático e Paradidático, pela forma diferente de recontar a trajetória agrícola brasileira. Tendo como fio condutor a linha do tempo com os principais marcos que determinaram o desenvolvimento do setor no País, reúne características lúdicas e registros históricos importantes, com um toque de leveza, cor e modernidade editorial.
    Destinado a premiar obras em 29 categorias diferentes, nesta primeira fase, o Prêmio Jabuti selecionou dez concorrentes de cada uma delas, relacionadas a todo o mercado editorial - de capas à tradução. A lista completa pode ser conferida no site do Prêmio Jabuti (www.clb.org.br). Foram inscritos ao todo 2.619 trabalhos. Na segunda fase do prêmio, as obras serão submetidas a uma nova avaliação, marcada para o dia 18 de outubro.  A festa de premiação será dia 30 de novembro, em São Paulo.
    “Foi uma surpresa, apesar de que o fato de estarmos inscritos já é suficiente para gerar uma expectativa boa”, conta, satisfeito, o pesquisador Francisco Reifschneider. “Sabemos que o nível dos concorrentes e dos avaliadores das obras é elevado e por isso termos sido selecionados nos gratifica muito”. Ele lembrou ainda que o reconhecimento do conteúdo reforça o objetivo do livro que era oferecer um material moderno e condizente com a mudanças da tecnologia da informação. “Para isso, foi importante a formação da equipe editorial, que durante um ano e meio, se debruçou na elaboração da obra”, completou.
    Além dos dois pesquisadores, participaram como co-autores da publicação Carlos Ragassi e os então estagiários Uander Gonçalves e Rodrigo Ferraz, todos da Embrapa Hortaliças. “Ficamos muito felizes com o convite dos pesquisadores para colaborar com o trabalho”, lembra Uander, atualmente aluno do curso de Geografia da Universidade de Brasília (UnB). “Foi uma prova de confiança, porque éramos ‘marinheiros de primeira viagem’”, brincou, lembrando que mesmo assim, “todos trabalharam da mesma forma”. Para fazer o livro, além das pesquisas bibliográficas e levantamento das imagens, foram realizadas visitas à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ao Museu do Ipiranga (SP), ao Real Gabinete Português de Leitura (RJ), entre outros locais importantes para a pesquisa de campo. A editoração do livro levou a assinatura do jornalista Renato Argolo.
    Para o gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica, Fernando do Amaral Pereira, o reconhecimento do trabalho pela equipe de seleção do Prêmio Jabuti reforça a certeza de que a produção editorial com a marca Embrapa está no caminho certo. “É o que temos procurado fazer sempre: o melhor”, afirma. “Para isso não havemos de poupar esforços, porque se temos resultados científicos indiscutivelmente valorizados no Brasil e no exterior, é nossa obrigação criar cada vez mais instrumentos e formas de divulgação desse conhecimento para a sociedade”.
    Inovação editorial - Lançada no dia 6 de outubro de 2010, a obra Novos Ângulos da História da Agricultura do Brasil foi preparada com rigor editorial e gráfico e traz várias reproduções de telas do pintor Cândido Portinari, que retratam a agricultura e a presença do negro na história do Brasil. Composto por 112 páginas, utiliza ainda como recurso criativo uma proposta lúdica, que resulta em uma surpresa que só os leitores que aceitarem o jogo, vão saber qual é. O inusitado marcador de páginas, recortado no formato da cultivar de pimenta BRS Saracura, tem mais uma utilidade, além da tradicional. Nele, o leitor é orientado a procurar, nas 112 páginas do livro, pequenas ilustrações de pimenta.